A felicidade não vende.
Um jovem rapaz decide comprar um carro.
Há 3 dias, ele só conseguia imaginar a sensação de chegar na concessionaria e entrar no seu carro novo, zero quilômetros.
Até que o dia finalmente chega. Ele chega na loja, todo ansioso.
Abre a porta da concessionaria e de longe observa o carro, que ainda estava coberto.
Enfim…
Ele abre a porta do carro, senta no banco do motorista e liga o motor.
Com toda certeza, se a gente medisse, naquele momento, o grau de felicidade deste rapaz, qual você acredita que seria?
Eu aposto que ele está MUITO feliz.
Porém… e após 2 semanas? 3 meses? 1 ano?
Talvez a felicidade não seja a mesma. Talvez ele já tenha “namorado” outro carro. Talvez ele não tenha gostado tanto quanto imaginava.
Não importa.
É inevitável que logo menos, o sentimento de ter “algo a mais” tome conta dele. Até ele trocar de carro. E de novo, de novo… e de novo!
Mas isso é culpa dele?
Ou melhor - por que ele sente essa necessidade?
Na verdade, não é uma necessidade. É um desejo.
Afinal, uma Ferrari pode te levar no mesmo lugar que um fusca. Porém, em qual você se sentiria mais feliz?
E por um segundo, você pode até pensar: “ah, vou de fusca mesmo, nem ligo pra isso”…
Não se engane. No fundo, a Ferrari sempre ganha quando o assunto é desejo.
Inclusive, acontece uma ativação de desejos mais profundos, como por exemplo: Desejo de ser reconhecido, desejo de mostrar para todos que você conseguiu, desejo de suprir uma vontade de infância, que muitas das vezes sequer era sua.
No entanto…
É exatamente aí que tudo faz sentido. Pelo menos para quem é um vendedor, um profissional de marketing ou um copywriter.
Qual é um dos principais motores de compra?
O desejo humano. E se o ser humano estiver feliz 100% do tempo, o que ele deseja?
Nada. Incrivelmente nada.
Logo, a felicidade não vende.
É necessário que estejamos infelizes para tudo girar. Aquele eterno sentimento de que falta uma peça no quebra cabeça.
Ironicamente, é necessário que busquemos a felicidade, custe o que custar.
E aonde ela se esconde?
Talvez no próximo par de tênis… talvez na próxima bolsa… talvez na próxima casa… no próximo casamento.
Novamente, não importa.
Sempre iremos procurar por um novo pico de felicidade. E se você estiver emocionalmente afetado… pior ainda.
É exatamente assim que se vende, usando as emoções e desejos das pessoas.
Lembre-se: A maioria das pessoas compram pelo emoção e somente depois o ato da compra que utiliza-se a razão, para justificar o ato impulsivo (emocional).
Quando o CEO da BMW foi questionado sobre quem seria seu público alvo, ele disse: “Crianças de 10 anos.”
Desde cedo aprendemos através de terceiros o que desejar.
Será que você deseja ter realmente o que diz querer? Ou somente é algo que pode suprir a sua felicidade momentânea?
A frase que não sai da minha cabeça.
“Portanto, a verdade, pode ser determinada NÃO por como as pessoas usam a boca, mas sim como usam a carteira.” - Gary Halbert.
Recomendações
Um filme para assistir em uma sexta-feira aleatória: Gran Torino.
Um livro para ler mais de 3x: Sobre a Brevidade da Vida.
Fique por dentro das próximas edições.
Como diria Clovis de Barros: “Se Platão foi um grande mestre e diz que o amor é o desejo pelo que falta. Se Aristoteles foi um grande mestre e diz que o amor é a alegria pelo que não falta, pelo que ja tem, você pode me perguntar: com qual eu fico? E eu digo, com os dois”.
Só queria dizer: foda.